sábado, 13 de agosto de 2016

Despedidas Doem

(Adaptado da crônica Pessoas Passageiras, de Renata Pasini)

"Pelo menos uma vez na vida já fomos testemunhas de despedidas em rodoviárias. Entre cada beijo apaixonado e abraço confortante nunca existirá uma grande distância entre estes corpos.

Rodoviárias não dividem pessoas por países, dividem por linhas históricas. Na maioria das vezes, o próximo beijo acontece em menos de uma semana. Mas somos feitos de saudades antecipadas, de beijos longos em cada partida, que prezam a continuidade na mente.

Entre cada caminho as pessoas não se despedem apenas de outras pessoas, se despedem de conflitos, de defeitos e incertezas.

Mágoas que talvez eram tão existentes naquele final de semana, são abandonadas no próximo box. Toda história vivida na rodoviária é mais intensa. Desde a mão que escorre na janela com desejo guardado no peito, até o abraço apertado que foi dado no último minuto, mas que valeu a viagem inteira.

A rodoviária é a lembrança da distância, é o entendimento do quanto é bom estar perto. Amores de idas e vindas, muitas vezes passageiros, outras vezes, apenas amores... de longas estradas."

Eu cada vez mais peço que não ocorram mais despedidas, mas REENCONTRO.

Detesto despedidas. Elas doem. Muito.

Sinto falta que o teu amor me faz.
 13/08/2016

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