Caminhando, escolhi ouvir uma música tranquila para poder colocar os pensamentos em ordem. Tenho precisado. Lá pelas tantas passadas, me dei conta que estava imerso no passado em algumas situações vividas, analisando os tombos que levei.
Foi marcante lembrar que todos esses momentos foram precedidos por, digamos, instantes de breve paz antes das grandes dificuldades, stress ou tristezas, invariavelmente mais intensos que os momentos que os antecederam. Tudo bem, isso faz parte da vida e do nosso aprendizado e crescimento, mas acho que para mim a "mão" sempre foi mais pesada. Escolhas e consequências.
Fui revendo esse filme acompanhado apenas da brisa do vento e pelo luar da fase quarto crescente dessa semana.
Então eu cheguei a "hoje"...
Estou vivendo um momento de felicidade, plenitude e paz interior, mudando e aprendendo a (con)viver com as coisas simples da vida, desde o "contemplar o vazio" durante uma xícara de café-da-manhã, passando pela delícia de curtir o semeio e o florescer das Maravilhas, pela descontração e prazer de escrever quadrinhas rimadas. Publicando livro! Soltando a voz num estúdio! Indo à museus! Assistindo shows! Gastando tempo em livrarias! Passeando com o cachorro! Cuidando de mim!... (quanta coisa eu deixei de "viver"...).
A chama disso tudo são as incontáveis demonstrações de afeto, carinho e zelo, palavras, gestos e olhares que você me proporciona, e que não erro ao afirmar jamais haver experimentado isso antes, com tanta intensidade e certeza no coração.
Nesse instante, em voz baixa e caminhando com passos mais lentos, a lua por testemunha, declarei todo o amor que sinto por você, e te agradeci por tudo de bom que vem me proporcionando além da certeza inequívoca de que pela primeira vez estou de fato, MUITO FELIZ, e que minha intuição (falamos disso recentemente) é uma só: merecemos e seremos felizes. Juntos.
O que "inventei" para esses novos momentos, será escrito mais adiante, não hoje, mas é delicioso.
Terminei a caminhada defronte a um cartaz com a expressão "dia de ser feliz". Fotografei e finalmente eu deixei aquele passado ir embora. Já deu o que tinha que dar e não preciso nem quero mais carregar nada além dos ensinamentos recebidos.
(Peguei o telefone e te liguei...)
R. 30/10/2017
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