segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Plantão de Amô



Fim-de-semana com três dias
     acordo antes das nove horas
                   e volta e meia olho para o relógio
          fechado entre quatro paredes
                                 zero hora outra vez
                    com os dois assim distantes
                                meia-hora custa a passar  
                       bebo meia-xicara de café para não vacilar 

estou aqui de plantão
vou correndo te atender
entrego
saudade, cuidado e amor
prá teu sorriso
receber

R. 27/02/2017


sábado, 25 de fevereiro de 2017

For You


I Live For You
(George Harrison, 1971 Copyright © Warner/Chappell Music, Inc, The Bicycle Music Company


All alone in this world am I 
Not a care for this world have I 
Only you keep my eyes open wide 
Yes it's true 
I live for you 

Not a thing in this world do I own 
Only sadness from all that is grown 
In this darkness I wait for the day 
Yes it's true 
I live for you 

For many years I wait 
For many tears I wait 

All this time my thoughts return to you 
Give my love, that is all I can do 
Wait in line till I feel you inside 
Yes it's true 
I live for you 

For many years I wait 
For many tears I wait 

All this time my thoughts return to you 
Give my love, that is all I can do 
Wait in line till I feel you inside 
Yes it's true 
I live for you
25/02/2017

Um Ano Inventando


Neste fevereiro, está fazendo um ano que comecei à colocar no "papel" meus pensamentos, sentimentos, músicas e poemas que falam comigo e com os quais eu pretendo alcançar teu coração.

Sim, no singular. Teu. Estou apenas usando um espaço público para que fique registrado livremente como tenho me sentido desde que assimilei muito positivamente outra frase sua:

"- Por que você não escreve um blog?"

A experiência de deixar fluir os pensamentos e ideias e de transformá-los em poemas, crônicas, mini contos e até alguns desabafos, têm sido deliciosa.

Despretensiosamente e sem métrica, apenas pelo prazer de saber que irão chegar aos teus olhos, quase os comparo com as centenas de cartas que poderia ter postado nesse intervalo em que o trem da vida não havia chegado às nossas estações e para as quais agora tenho pressa de mandá-las, às vezes até com alguns erros de tempo gramatical ou sem uma revisão mais apurada, tamanha é a vontade para que as receba logo.

Outro dia, relendo tudo, pude sentir como em um filme cada momento deste primeiro ano.

E que bom que as lembranças ficarão eternizadas nas palavras "inventadas", que como bem definiu Manuel Bandeira, "palavras que traduzem a ternura mais funda e mais cotidiana".

E que agora vão para o prelo...

25/02/2017

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Todo Dia. Sempre.

Hoje eu acordei decidido a passar o dia totalmente desligado dos meus sentimentos e (tentar) experimentar como seria passar sem nada que me traga à lembrança a falta que ela me faz. 

Foi assim:

Levantei cedo e já desci para o café-da-manhã. Mesa vazia, peguei uma garrafinha de suco verde "detox" e uma xícara de café adoçado com um saquinho de açucar, precedido por uma fatia de bolo de cenoura com cobertura de chocolate, que por sinal estava delicioso, e em seguida preparei uma porção de ovos mexidos, que comi calmamente com pão francês fresquinho, crocante. Terminei meu café com um potinho de melão em pedaços.

Sem nenhum compromisso, peguei o metrô, desci na Avenida Paulista (do lado da FIESP - não atravessei) e escolhi onde iria primeiro. Tinha a poucos passos o shopping Cidade de São Paulo, o Parque Trianon, a Casa das Rosas e o Itaú Cultural. Há ainda o MASP e o Isso é Café no Mirante 9 de Julho... Além disso aproveitei para olhar uma dezena de bancas de revista com seus badulaques tentadores. Lembrei que preciso passar na da rua Joaquim Távora,e ver se há alguma nova publicação educacional de dobraduras. Aproveitei e dei um pulo até a Livraria Cultura do Conjunto Nacional, Um pedaço do paraíso aqui na Terra, com aquele aroma delicioso de livros novos.

Passeei em todos esses lugares e também pela Paroquia São Luís Gonzaga, que abriga um maravilhoso mural entalhado da Via Crucis. E os vitrais? Meus Deus quanta riqueza escondida entre tantos prédios..

O tempo passou tão depressa que nem percebi a fome se aproximar muito tempo depois do horário do almoço. Peguei um ônibus (lembrete: recarregar o bilhete único) e fui parar no Império Mineiro do Shopping Boulevard. Chopp de vinho e aquele torresmo fazem valer a distância. 

Estava cansado, preferi voltar de Uber, e aproveitei para ver no SESC Vila Mariana a exposição de fotografias do Arno Minkkinen. Depois parei na Panificadora Pérola para um café expresso. Com tanta pizza saindo na hora, tive que resistir à tentação. Já na esquina "de casa" parei no boteco da "tia" na esquina com a Humberto I, e comprei uma garrafa de água. 

Chegando, liguei a TV e o ar-condicionado e deitei para descansar um pouco. Cochilei e perdi o começo daquele filme legal.

Acordei de sobressalto e sorri, constatando que não consigo - e nem quero - ficar sem pensar nela.

Desde o primeiro minuto do dia até a hora de dormir. 

Pronto. É assim. Todo dia. Sempre. 

 19/02/2017

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Borboletas Borboleteando


"Mas a primavera havia chegado. Por toda parte havia flores na floresta, até parecia festa...
Os passarinhos cantavam... E as borboletas, quantas borboletas! De todas as cores, de todos os tamanhos, borboleteavam pela mata.
E perguntavam às borboletas que passavam: 
- vocês viram a lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiçosa, comilona, horrorosa? 
As borboletas riam, riam... Iam passando e nem respondiam.
Até que veio chegando uma linda borboleta: 
- estão procurando a lagarta da amoreira?
E a borboleta bateu as asas e falou: 
- pois sou eu...

- É preciso ter paciência com as lagartas, se quisermos conhecer as borboletas!..."
(trechos do livro "A Primavera da Lagarta", R. Rocha, 1979, INL)


Então elas se juntaram em grande número, dois milhões, e foram borboletear no estomago de Richard e Elise, Mel e Tin, Heitor e Hersília, Re e Ri, sempre que eles se encontrarem...

16/02/2017

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Todo Dia

Philippa Rice, em Soppy: A Love Story
Andrews McMeel Publishing, 2014©

Todo dia se abraçam

Todo dia se dão as mãos (não solta a minha mão...)

Todo dia acordam juntos (bom dia...)

Todo dia vão ao trabalho (se cuida...)

Todo dia voltam para casa juntos (como foi seu dia?...)

Todo dia jantam juntos (hummm...)

Todo dia contemplam o céu e as estrelas. (olha essa lua!)

Todo dia passeiam com os cachorros (anda Bela, vêm Bob...)

E depois vão dormir (plim...)

É o sentimento que os ”junta”.

Os une assim, desse jeito, por enquanto

Todo dia...


15/02/2017

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Amor em Prefácio


PREFÁCIO

O garoto olhou a menina que entrou pela porta do colégio, gostou do seu sorriso e não desgrudou o olhar dela. Ela o olhou e a paixão aconteceu, porém, nenhum dos dois falou...

O peso do cotidiano e das obrigações tanta vezes cega, não permitindo vislumbrar o próprio presente, quanto mais o futuro.

Um por-do-sol, o brilho da lua ou o vento acariciando o rosto passam despercebidos, entretanto a vida continua surpreendentemente bela, mesmo quando nada nos sorri.

Felizmente, algo no meio no caminho acontece, atropela como um trem sem freios, machuca e dói; são as mudanças que forçam a sair do conforto para o desconhecido, obrigando a assimilar e experimentar novas situações. Os olhos da alma se abrem e o mundo interior se enche de luz.

Ela se arruma, passa batom e um suave perfume e parte para o encontro com seu passado. Dois milhões de borboletas se agitam em seu estomago, como fugindo do frio para temperaturas mais altas. Um gosta do outro, o outro gosta do um.

Agora o sol é sentido, Deus em seu infinito amor embala o sono como de uma criança e as flores sussurram: o amor está em você, espalhe- o por onde for.

Viva a vida intensamente, mesmo que seja simples, mas que seja escolhida por você.

A felicidade só depende de você, é simples assim. Acredite!

Ri, 11/02/2017

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Janela Aberta


Assim fica o meu coração

Quando converso com você

Quando falamos nossas histórias

Quando ouvimos nossas risadas

Quando confiamos nossos segredos

Assim fica o meu coração

É tanta felicidade

Que dá até vontade de gritar..

E eu gritei

Que te amo 

 11/02/2017

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

É Como Janela Fechada...


Amar em silêncio.
É amar em segredo.
É sofrer calado, sem poder gritar
ao mundo, todo seu amor.
São cartas, bilhetes e presentes
engavetados.
Momentos especiais,
não compartilhados.
Lágrimas derramadas
sem ninguém, pra secá-las.
É via de mão única, onde o coração
transita na solidão.
É o beijo tão desejado
e nunca realizado.
E o eu te amo, que não sai da boca
pra fora.
Mas que se tornou eco
dentro do coração.

(autoria: Cecília)
08/02/2016

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Dois Rios Hoje, Parzinho


Me dá tua mão...


"Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal...
E te beijar a boca de um jeito que te faça rir
Hoje eu preciso te abraçar...
Que os braços sentem 
E os olhos vêem 
Que os lábios sejam 
Dois rios inteiros 
Sem direção 
E o meu lugar é esse 
Ao lado seu, no corpo inteiro 
Dou o meu lugar pois o seu lugar 
É o meu amor primeiro 
O dia e a noite, as quatro estações 
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Dois lados deram as mãos 
E os lábios beijam 
Dois rios inteiros 
Sem direção
Hoje só tua presença...
Vai me deixar feliz."
(trechos de Dois Rios - Skank e Só Hoje - Jota Quest)

Você é o meu parzinho..

R. 07/02/2017

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Recebendo Anjos


Segue o teu caminho fazendo o bem...

Abra a porta da sala e contempla os pequenos que a ti foram confiados para ensinar.

Que a tua jornada seja leve, de muitos êxitos e felicidades, dia após dia.

Bom retorno, Teacher

R. 06/02/2017

Pão Francês

O pão representa um dos alimentos mais antigos presentes em várias culturas do mundo, simbolizando não somente um alimento para o corpo, mas um alimento espiritual e, por isso, o pão simboliza a vida, a renovação, a prosperidade, a humildade, o sacrifício.

Muitas vezes, afastamo-nos de todos esses significados e o vemos apenas como um alimento rápido para o início do dia ou o lanche da tarde. Às vezes, privamo-nos de comê-lo para manter uma dieta restritiva imposta por padrões modernos de... beleza (???).

Sinceramente...

Há poucos dias tive a oportunidade de observá-la preparando seu prato no café da manhã, trazendo à mesa um pão francês fresquinho e ovos mexidos, que foram saboreados calmamente e sem qualquer pressa, enquanto eu mantinha o "mesmo-café-com-pão-de-forma-e-queijo-com-presunto-na-tostadeira" de sempre. Bolas!

Confesso aqui que fiquei com uma baita vontade de saborear aquela delícia, e qual não foi minha surpresa quando ela estendeu sua mão oferecendo-me aquela casquinha do pão com um pouco de manteiga!

"- Não é possível, ela lê os meus olhos, meus pensamentos... "pensei, sorrindo.

Apreciei cada pedaço desligando-me por completo das regras e conceitos que eu mesmo me impunha, e enchi mais uma xícara de café.  Peguei um pão e um pote de manteiga, e comi calmamente, sentindo o sabor por completo, a textura da massa, o ponto de sal da manteiga, tudo como se fosse um manjar vindo do céu. E foi mesmo.

Aprendi como é valioso concedermo-nos estes momentos que completam a alegria, a felicidade e a plenitude de estar na presença de quem se ama. Eu estava "sorrindo com o fígado".

E por uma fração de segundos, fechei os olhos e rezei agradecido. Obrigado.

06/02/2017

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

A Historinha do Terrível Monstro


Era uma vez uma linda princesa cujo reino era formado por centenas de edificações.
Junto com seu amado príncipe, escolheram uma pairagem distante e amena para alguns dias afastados dos assuntos reais, e assim pudessem apreciar todo o jardim da Casa das Rosas e suas imediações.

Nesse período, experimentaram novos passeios enquanto buscavam de parada em parada, por uma carruagem que o príncipe desejava adquirir.  Sem sucesso e debaixo de um sol intenso, fizeram uma pausa sob a sombra de pinheiros numa área dotada de muitas riquezas. "Nosso eldorado", diziam eles. Ali  avistaram Bailey, um amigo que estava de passagem, e cujo encontro causou grande emoção ao casal real.

De volta e já no início da noite, inesperadamente o castelo onde estavam sofreu uma invasão! Em poucos minutos, os monstros já estavam às portas dos aposentos reais e investiam ferozmente contra o quarto.   O ataque foi tão inesperado que eles sequer puderam se precaver.

Enquanto a princesa prendia seus longos cabelos, um dos ferozes dragões se aproximou perigosamente, tocando seu pescoço e ombro com sua garra afiada, enquanto o outro permaneceu parado, talvez esperando para também atacar. Rápida, ela se desvencilhou e lançou sobre ele seu manto encantado, imobilizando-o, enquanto pedia ajuda ao príncipe.

Este por sua vez, notando o medo que a dominava, pegou suas armas e preparou-se para a luta enquanto a princesa se refugiou em um canto seguro do aposento.

Bravamente, o príncipe removeu o manto encantado e, escudo em punho, percebeu o inimigo imóvel e parte para a luta fatigante, quando dominou-o completamente depois de um vigoroso embate e imobilizou a fera junto com o outro terrível inimigo, transformando ambos em minúsculas libélulas de prata que dali em diante seriam utilizadas por sua amada como adorno brilhante.

Aliviada mas ainda refazendo-se do susto, ela foi abraçada. Sentindo-se protegida, recolheram-se ao quarto, onde degustaram as deliciosas especiarias trazidas por ela para o jantar.

Naquele momento brindaram e se beijaram longamente, plenos de felicidade por mais um dia juntos.

30/01/2017