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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

A Historinha do Terrível Monstro


Era uma vez uma linda princesa cujo reino era formado por centenas de edificações.
Junto com seu amado príncipe, escolheram uma pairagem distante e amena para alguns dias afastados dos assuntos reais, e assim pudessem apreciar todo o jardim da Casa das Rosas e suas imediações.

Nesse período, experimentaram novos passeios enquanto buscavam de parada em parada, por uma carruagem que o príncipe desejava adquirir.  Sem sucesso e debaixo de um sol intenso, fizeram uma pausa sob a sombra de pinheiros numa área dotada de muitas riquezas. "Nosso eldorado", diziam eles. Ali  avistaram Bailey, um amigo que estava de passagem, e cujo encontro causou grande emoção ao casal real.

De volta e já no início da noite, inesperadamente o castelo onde estavam sofreu uma invasão! Em poucos minutos, os monstros já estavam às portas dos aposentos reais e investiam ferozmente contra o quarto.   O ataque foi tão inesperado que eles sequer puderam se precaver.

Enquanto a princesa prendia seus longos cabelos, um dos ferozes dragões se aproximou perigosamente, tocando seu pescoço e ombro com sua garra afiada, enquanto o outro permaneceu parado, talvez esperando para também atacar. Rápida, ela se desvencilhou e lançou sobre ele seu manto encantado, imobilizando-o, enquanto pedia ajuda ao príncipe.

Este por sua vez, notando o medo que a dominava, pegou suas armas e preparou-se para a luta enquanto a princesa se refugiou em um canto seguro do aposento.

Bravamente, o príncipe removeu o manto encantado e, escudo em punho, percebeu o inimigo imóvel e parte para a luta fatigante, quando dominou-o completamente depois de um vigoroso embate e imobilizou a fera junto com o outro terrível inimigo, transformando ambos em minúsculas libélulas de prata que dali em diante seriam utilizadas por sua amada como adorno brilhante.

Aliviada mas ainda refazendo-se do susto, ela foi abraçada. Sentindo-se protegida, recolheram-se ao quarto, onde degustaram as deliciosas especiarias trazidas por ela para o jantar.

Naquele momento brindaram e se beijaram longamente, plenos de felicidade por mais um dia juntos.

30/01/2017

sábado, 1 de outubro de 2016

Música Para Acampamento


Há tempos que Natan desejava realizar um antigo sonho, que era acampar.  Acampar sozinho, experimentar a sensação de não depender de ninguém além de si próprio para fazer todas as coisas do dia, desde o acordar.

Boa parte disso já compõe sua rotina porém de forma entediante, e por isso, com o aproximar de um feriado prolongado, desta vez ele não hesitou e iniciou os preparativos. Pesquisou locais, conseguiu uma barraca, comprou colchonete e suprimentos para alguns dias em contato com a natureza.

Na madrugada de quinta-feira, o despertador alardeia que é hora de partir para a aventura. e ele que já havia deixado tudo pronto desde a noite anterior, toma um café, entra no carro e vai para a estrada ainda no escuro da madrugada. Céu claro, nenhum trânsito e uma música country embalam a viagem até o Vale da Pedras, na Serra da Mantiqueira, numa pequena reserva de Mata Atlântica.

A viagem dura poucas horas e ainda de manhã ele já se instala próximo ao mirante, que lhe possibilitará uma excelente visão de todo o vale. A fenda entre as montanhas parece haver sido desenhada para emoldurar aquele quadro diário, ao som das águas da cachoeira distante poucos metros, e do cantarolar de pássaros da região.

Tudo arrumado, ele sai para um passeio pelos arredores, que termina com um banho nas águas geladas do rio. Ao voltar, percebe haver outra barraca instalada bem próxima a sua. Ficou intrigado pois o espaço no mirante era tão amplo... Mas tudo bem, até por questão de segurança naquele local ermo, seria preferível mesmo dividir o espaço com mais pessoas.

Notou que seu vizinho era uma pessoa experiente em acampamentos, pois estava tudo organizado de forma bem prática, que ele não teve como não copiar algumas idéias que acabara de ver, e sentou-se para ler um livro. Recostado na mochila, acaba cochilando até ser acordado horas depois, por mãos que se colocam sobre seus olhos, como naquela brincadeira de criança.

Eram mãos femininas, suaves e com um leve aroma de ameixas. Rapidamente o susto pela inusitada surpresa vai passando e numa fração de segundos ele tenta adivinhar quem poderia ser, já que não comentara com ninguém deste seu acampamento. Mas o aroma do perfume não deixou dúvidas e ele se virou rapidamente, quase não acreditando ser ela.

Seus olhos se encontraram e um sorriso mútuo os dominou.
"- Mas como você descobriu??" ele perguntou, ainda sem acreditar em seus olhos.

"- Eu não descobri, meu querido. Eu apenas vim. Sabia apenas que seria especial, o que  confirmei quando reconheci seu carro estacionado lá embaixo quando cheguei.
Agora vem, vamos ver o nosso pôr-do-sol..."

Guardaram tudo na barraca dele e, mãos dadas, caminharam para o mirante onde puderam contemplar o pôr-do-sol sem nenhuma porta ou janela de aeroporto.

Apenas o céu, e sem terem que se despedir,..
01/10/2016 (12...)