quinta-feira, 6 de julho de 2017

John e Yoko

Levando a cachorrinha para caminhar no frio de ontem à noite, estava ouvindo o álbum "Double Fantasy" do John Lennon, e comecei a divagar sobre a sua emblemática relação com Yoko Ono. Digo emblemática no sentido de exemplar, perfeita, completa.

Ambos foram muito criticados pela mídia e fãs, quando Lennon saiu de seu casamento para assumir o romance com aquela artista plástica de obras esquisitas.  A presença de Yoko na vida de John foi tão marcante que ele fazia questão de tê-la ao lado em todos os momentos, até mesmo nas sessões de gravação dos últimos dois discos dos Beatles e causando um certo transtorno para os parceiros, a ponto de ter sido por muito tempo hostilizada e considerada o pivô da dissolução do quarteto.

E pensando em toda a história deles pude imaginar a dimensão do amor que os unia. Após o fim da banda, John gravou apenas sete álbuns e afastou-se quase totalmente do meio musical, deixando os negócios por conta dela enquanto ele cuidava dos afazeres domésticos. Fazia pães e dedicou anos ao filho que tiveram, Sean, recusando-se a qualquer tentativa de aproximação do grupo, não obstante tivessem recebido propostas milionárias para uma única apresentação. Aquilo não lhe completava mais.

A vida era ele e ela, e fez questão de registrar isso em várias letras, tanto o seu amor quanto a importância de sua companheira, e até mesmo pedidos de desculpas, sabe-se lá por quais motivos.

O que retirei desses pensamentos? Ah, tanta coisa, tantas semelhanças de situações de vida, mas principalmente o "recado" sobre o amor e cuidados. Eu entendi.

Valeu John.


And, woman, hold me close to your heart,
However distant don't keep us apart,

After all it is written in the stars

R. 06/07/2017

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