Primeiro foi o acesso pelo Orkut, (thanks N...), depois começaram as trocas de e-mails e em seguida conversas sempre amenas pelo MSN Messenger. Cada um tentando descobrir um pouco mais sobre o outro.
Me lembro como se fosse ontem, o primeiro telefonema, depois de anos sem nenhum contato. Um telefone público num lugar calmo foi irresistível, precedido de frios na barriga à cada número teclado, o sinal de toque, e o "- oi..." ao atender.
Milhões de lembranças percorreram minha memória naquela fração de segundo onde o primeiro pensamento foi: - é ela mesmo! A sua voz igualzinha, será que já passou tanto tempo ou ainda estamos lá no passado?
Essa ligação acho que serviu para isso, para nos dizermos: estamos aqui.
Logo, a frequência de e-mails, mensagens e ligações foi aumentando, houve o dia do reencontro e ali tudo mudou. Um olhou para o outro, o outro olhou para o "um" e descobriram que havia algo ainda guardado em seus corações que resistira ao tempo.
Conversas, intervalos, conversas, mensagens, e eles foram permitindo ouvirem-se. E era tão bom que o que não faltava eram assuntos. Amenidades, opiniões, conselhos, ensinamentos e... sentimentos. Tímidos à princípio, mas sempre ali nas entrelinhas. Até que ele "tirou as vírgulas, as reticências e os parágrafos", respirou fundo e abriu seu coração ao sentimento e lhe falou tudo o que sentia. Pronto, falei, pensou ele. E isso foi muito bom. "Dezessete vezes sete" vezes bom.
Um certo dia, eu resolvi que à partir de então, iria querer falar-lhe todos os dias. sem pular nenhum e nem que fosse apenas para ouvir o seu "- oi, bom dia". Na verdade, isso já vinha ocorrendo. Ele é que não havia se dado conta.
E vem sendo tão bom, vem fazendo tão bem, que só o falar e ouvir todo dia já não está mais sendo suficiente para acalmar a saudade e a vontade de vivermos os dias juntos. Eu quero mais, preciso de mais e agora quero trocar o telefonar pelo falar...
Bem de perto, rosto à rosto.
Todos os dias
Prá sempre
Amo te ouvir.
R. 28/07/2017
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