quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Fazendo a Barba


De volta da academia e ainda muito cedo para encerrar o dia - 22 horas -, ele resolve regar as plantas do jardim. Sem pressa, observa como já haviam florido desde que as sementes brotaram nos copos, e como era bom apreciar o resultado dos cuidados diários.

Sem pressa, o relógio parecia estar parado no tempo, ele sobe para o banho antes de ir dormir. Os minutos custam tanto a passar que ele resolve se barbear.

De frente para o espelho, ele é inexoravelmente transportado para aquele quarto de hotel.
Entre uma passada e outra da lâmina, vai comparando os momentos, os cuidados agora não tão necessários nem a preocupação em deixar o rosto bem barbeado. Para agora, apenas dar um fim na barba cerrada já bastava. Só não conseguiu evitar um pequeno corte no lóbulo da orelha esquerda, que lhe arrancou um sorriso pelo comentário que ela faria pelo gesto estabanado.

Mas hoje ela não estaria ali lhe esperando no quarto. Então ele se deita e fecha os olhos,  e seu pensamento antes de dormir foi a lembrança daqueles momentos.

 27/10/2016

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