terça-feira, 30 de julho de 2024

Semeadores de Maravilhas, Parte 11 - Um Encontro Carregado de Expectativas

 

O encontro pela manhã foi um pretexto para vê-la. Ele já havia chegado há horas e pediu que se encontrassem antes de sair para seu compromisso de trabalho, e cada segundo pareceu pouco. Enquanto saboreavam o café, as palavras fluíam com naturalidade.

Ele, com um sorriso tímido, observava cada gesto dela. A forma como ela mexia o cabelo, a maneira como seus olhos brilhavam. 

- Você está linda hoje - ele murmurou, seu olhar fixo nos olhos dela.

Ela corou e, quase sem pensar, a camisa que ele vestia não passou desapercebida por ela, que arrumou a  sua manga. Um gesto simples, mas que carregava uma carga de afeto que ambos sentiam, deixando-o radiante e tocado.

A reunião de trabalho se aproximava, mas ele não queria ir embora. A ideia de se despedir dela o deixava ansioso.

- E se a gente se hospedasse no mesmo hotel. O que acha? propôs, com uma indisfarçável esperança nos olhos, pois notara que ela trazia consigo uma bolsa maior, onde imaginou que trazia roupas para os dias seguintes.

Ela sorriu, mas sua resposta foi cautelosa.

- Gostaria muito, mas acho que ainda é cedo para isso. Que tal nos encontrarmos mais tarde no hotel e conversarmos mais um pouco?

A resposta dela o deixou um pouco desanimado, mas ele sabia que respeitar seus sentimentos era fundamental. Afinal, ele queria construir algo duradouro com ela.

Ao chegarem ao hotel no meio da tarde,  eles se acomodaram no quarto e continuaram a conversar por horas. As horas passavam rápido demais e, a cada minuto, ele se sentia mais conectado a ela e vencia a timidez.

- Não quero que você vá embora, ele sussurrou, segurando sua mão.

Ela sorriu e acariciou seu rosto.

- Eu também não quero, mas preciso ir. Prometo te ligar mais tarde.

A despedida foi difícil, mas a promessa de uma nova conversa o deixou tranquilo. Pouco tempo depois, ao telefone, ele insistiu para que ela voltasse para o hotel.

- Por favor, volte... Vou até aí te buscar...

Ela hesitou, mas no fim, decidiu que era melhor não ceder.

- Amanhã a gente se vê, tá? Prometo.

Ele desligou o telefone com um misto de tristeza e esperança. A noite seria longa, mas a certeza de que havia um sentimento de ambos  o fez dormir com um sorriso no rosto, enquanto se lembrava do toque  suave de suas mãos em seu braço no encontro da manhã.

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